sábado, 17 de setembro de 2011

A desconstrução da imagem



       O jornal Acontece Parintins, mais novo periódico do município, trouxe na sua primeira edição várias fotografias recortadas. Sabe-se que as imagens não são uma cópia exata da realidade, são construções do fato, contudo, elas não são invenções do real existente.
       Na maioria das matérias do jornal, as fotos estão fora de contexto. Não se sabe qual é o cenário, pois as pessoas estão “flutuando no espaço”. A composição da imagem é de fundamental importância para o seu entendimento. Jorge Pedro Sousa (2001) afirma que, “o fotojornalista deve privilegiarsempre uma zona da imagem que funcione claramente como foco de atenção, e que deve ser o motivo principal. O fotojornalista deve procurar ordenar e hierarquizar numa fotografia para gerar um determinado sentido”. Segundo Milton Guran (1992), “a fotografia aparece na imprensa em três situações: como ilustração, como informação em relação ao texto ou como complemento deste”.
       No jornal em questão as imagens aparecem como ilustração, mas são imagens com um corte muito ruim, fazendo com que os leitores não situem o acontecimento. Colocar imagens descontextualizadas não é papel do jornalismo. Outro fato a ser mencionado aqui é a manipulação das imagens, elas existem sim, mas o bom senso nessa hora é fundamental. 



GURAN, Milton. Linguagem fotográfica e informação. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1992.
SOUZA, Jorge Pedro. Elementos do Jornalismo Impresso. Disponível em: www.bocc.ubi.pt. Lisboa. 2001.

Yasmin Cardoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário