segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Muito texto e pouca informação

         Em sua primeira edição, publicada no mês de agosto, o Parintins em Foco, o mais novo jornal impresso do município, trouxe uma matéria com o título “Energia: nova ameaça aos vôos noturnos”.
         Em análise do texto da narrativa não se pode deixar de falar sobre a linguagem jornalística que é utilizada. Um dos princípios dessa linguagem são a clareza, a simplicidade e a brevidade. Nesse texto, a linguagem usada é muito técnica. Há termos usados que podem não ser reconhecidos pela maioria da população. É um texto redundante, pois enumera várias vezes o mesmo fenômeno. Outro fator a ser ressaltado é a correção gramatical, visto que ao longo do texto percebem-se vários erros de ortografia.
         “Lead é o parágrafo que lidera, orienta, que sugere e indica. É o parágrafo que introduz o tema do texto e dá o tom ao resto da narrativa, que faz com que o leitor logo no início do texto entenda o que vai ser falado ao longo da notícia” (SOUSA, 2001).
         O texto tem um lead muito confuso, pois não sintetiza para o leitor o assunto principal, que são os prejuízos que a falta de energia traz. Esse fato só será anunciado no final da notícia.
         A matéria também traz uma imagem que não condiz com o conteúdo, visto que o assunto principal é a falta de energia à noite e a foto foi feita durante o dia. A legenda “Aeronaves tiveram que arremeter voos por falta de energia” condiz menos ainda com a imagem. Milton Guran fala sobre isso: “a legenda deve suprir o leitor de informações não contidas ou não evidentes na imagem, para facilitar e ampliar a apreensão da mensagem, o que pressupõe uma leitura prévia e uma avaliação do potencial da foto” (1991, p.53).
         Cabe ao texto jornalístico esclarecer os fatos e não deixar dúvidas sobre os acontecimentos. É papel do jornalista buscar a veracidade dos casos para que os leitores se satisfaçam com a matéria.

Yasmin Cardoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário