sábado, 4 de dezembro de 2010

Solidariedade Eleitoral

            Por mais que um jornal impresso esteja ligado a uma empresa radiofônica, e esta também esteja entranhada no meio do poder público, isso não lhe da autoridade de colocar a opinião de uma única pessoa como a “verdade universal”. É o que acontece com o jornal Parintins Em Tempo, que tem sua veiculação na cidade através da Radio Clube, cuja empresa tem como uma das herdeiras Vanessa Gonçalves, atualmente vereadora e presidente da Câmara Municipal de Parintins.
           O jornal tem servido como meio de difundir a imagem e as benfeitorias da vereadora.
           Na edição nº 470 de sexta-feira, 1º de outubro de 2010, na página nº 3 da editoria de Política, foi publicado o apoio da vereadora Gonçalves à candidata Vanessa Grazziotin (PC do B). No caso, a presidente da câmara criticou o comportamento de alguns parintinenses da oposição, que vaiaram Grazziotin em comício realizado na cidade.
           A 2ª crítica que expomos pressupõe-se do modo como o jornal deu maior foco a uma “denúncia particular” de Vanessa Gonçalves, deixando o real caráter de informação sobre a Câmara em pequeno foco.
           A 3º crítica baseia-se no titulo da reportagem: “Presidente da CMP (Câmara Municipal de Parintins) solidária a Vanessa”. O mesmo deu a entender que o Poder Legislativo é “fiel” a candidata, utilizando-se do “status” da presidência para condenar uma atitude que pode ter vindo não somente da oposição, mas de um público desiludido com a política, como já foi dito.
          O jornal poderia ter veiculado o descontentamento da Presidente da CMP quanto a situação como uma opinião particular de Vanessa enquanto cidadã parintinense e não ter colocado a câmara e sua posição enquanto vereadora como símbolo do apoio de uma candidata e seu partido.
          Seria do bom interesse e caráter de credibilidade do jornal, se em suas próximas edições diferenciem não somente de Vanessa, porém dos demais vereadores, as suas opiniões referentes ao legislativo, visto que é arbitrário utilizar-se de um cargo público para moldar a opinião do publico leitor deste jornal, falseando as informações e suas reais fontes.

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