sábado, 20 de novembro de 2010

Se espremer sai sangue...


Sangue. Cadáveres. Extrema exposição. É assim que muitos jornais apresentam-se para atrair a atenção de seus leitores. Em Parintins não é diferente, é comum encontrarmos fotos de cadáveres expostos nas paginas das mídias impressas da cidade.
Segundo o pesquisador de jornalismo Jorge Pedro Sousa, “fotojornalismo é na realidade uma atividade sem fronteiras claramente delimitada”, mas, na maioria dos jornais impressos em Parintins, são veiculadas imagens impactantes de pessoas acidentadas, no leito de morte etc.
 Muitos profissionais desses veículos têm aproveitado a oportunidade de cursar uma faculdade de jornalismo, contudo, parece que ainda não puseram em prática os conteúdos ministrados. 
Um exemplo claro deste posicionamento foi a edição de nº 54, do dia 05 de outubro de 2010, do Jornal Regional, que mostra a foto de um trabalhador que morreu vítima de um acidente após um portão cair sobre ele.
Os jornais de Parintins adotam uma postura sensacionalista, buscam, por meio de fotos exageradas, ganhar adeptos. Isso é lamentável, ou seja, usar do apelo emotivo para atrair o leitor - que se coloca no lugar da pessoa ou da família envolvida.
A publicação deste tipo de imagens que causam impactos é comum também em jornais de âmbito nacional. E Parintins, por fazer parte desse “time”, deveria tomar mais cuidado com suas publicações, não para ser melhor que eles, mas para minimamente tentar fazer a diferença.

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