quinta-feira, 12 de maio de 2016

Ditadores da informação

O fluxo de informação em Parintins hoje em dia está nas mãos dos políticos. Pessoas ligadas à classe dominante composta por empresários filiados ao PMDB que alegram nossas manhãs nas rádios FM, Alvorada e Clube. Do outro lado, na mão direita o PSDB enobrece no jornal impresso, mais precisamente no Repórter Parintins, os seus filhos amados da política, como por exemplo, o Senhor Frank Luiz da Cunha Garcia, o “melhor prefeito de Parintins”.
Esses partidos são exemplo do mau uso dos veículos de informação, apenas o abusam para defender seus interesses, deixando de lado o papel ético social e jogando lama na mente das pessoas que se informam pelos meios de comunicação.
As temáticas relevantes a serem discutidas do município ficam encobertas pelo jogo sujo da política nos meios de comunicação. Enquanto isso o lixo nas ruas, a falta de iluminação pública, desempregos e outros problemas se tornam um caos na cidade. Infelizmente os meios informacionais deixaram de ser um serviço de utilidade pública pra virar ringue de políticos.
Esses mesmos personagens que promovem as ações sociais, movimentos pautados na busca por credibilidade, são os porteiros da informação controlam o fluxo de veiculação e assim tudo vai fácil para o povo engolir e nem perceber o entorpecimento causado por essa minoria, os “Barões” do comercio e da política. A realidade é uma apenas! Eles estão mandando em tudo.
 Gabriel Ferreira 

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Afinal, o que é segurança?



Fonte: http://www.parintins24hs.com.br/

O portal de notícias Parintins 24 horas em sua coluna “Curtir” e “Não Curtir”, onde avalia a posição de alguma pessoa ou instituição local, publicou um “Não Curtir” sobre a falta de planejamento e segurança para Parintins, não curtindo o Secretário de Segurança do Estado, Sérgio Fontes.
Embora de fato haja problemas de estrutura e pessoal na cidade, queremos perguntar ao veículo e a população: O que é segurança pública?
Para guiar o pensamento, perguntamos também: um alto número de policiais por habitante é segurança?
Cremos que o problema seja maior. Na verdade, se tivermos um alto contingente de policiais é porque de fato, não temos segurança, porque se a temos, para que policiais?
É muito importante questionarmos também: porque mais polícia?
Em pesquisa do Datafolha encomendada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e publicada em julho de 2015 a polícia aparece como a oitava instituição em termos de credibilidade. Em um cálculo que compreende índices acima de 100 como positivos e abaixo como negativos, a polícia aparece com 93 pontos.
Já na pesquisa da Anistia Internacional, ela afirma que o Brasil tem a polícia mais violenta e a que mais mata no mundo. Isso é segurança?
Essa mesma polícia traz consigo outros índices alarmantes. Homicídios de pessoas já rendidas, feridas ou alvejadas sem aviso prévio; em 2014 15,6% dos homicídios registrados no Brasil tinham como autor um policial; no caso do Rio de Janeiro 99,5% das pessoas assassinadas por policiais entre 2010 e 2013 eram homens. 80% negros e 75% tinham idades entre 15 e 29 anos.
Vale registrar que esse ensaio busca propor uma reflexão sobre segurança, tanto por parte da imprensa, quanto da população. Não estamos fazendo um juízo de valor moral a determinados policiais ou indivíduos, mas sim, sobre a polícia enquanto instituição, suas práticas, seus métodos e objetivos.
A esse momento do ensaio nosso maior questionamento ainda se mantém: o que é segurança?
Deixamos essa reflexão para que a imprensa e a população possam começar a discutir o tema de forma séria e ampla, levando em consideração condições reais de segurança para além do simples policiamento, mas contemplando aspectos sociais, culturais e econômicos também.

Helder Mourão – Jornalista

FONTES:


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Lacrima: o retorno!


O Laboratório de Crítica de Mídia do Amazonas (Lacrima) funcionava como um projeto de extensão vinculado ao curso de Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam – Campus Parintins), coordenado pelo Prof. Dr. Rafael Bellan, de 2010 a 2013. Devido os alunos voluntários e bolsistas concluírem a graduação e os que ingressavam não apresentarem interesse em dar continuidade aos ensaios críticos sobre a mídia, o projeto ficou sem manutenção e consequentemente paralisado.
Porém, a vontade de retornar e manter vivo o projeto sempre esteve presente nos ex-alunos colaboradores e no coordenador. Com essa chama que ainda se mantem acesa entre os pares, o grupo resolve retornar as atividades com fôlego renovado. Desta vez o trabalho será realizado de forma independente da universidade e com a intenção de ter uma visão mais crítica e aprofundada quanto aos conteúdos difundidos pelas mídias do Amazonas.
Dessa forma, percebendo a influência da mídia na constituição da realidade social e das visões de mundo na sociedade contemporânea torna fundamental uma leitura crítica da atuação dos veículos midiáticos. Embora o leitor/telespectador/ouvinte não seja um sujeito passivo frente aos meios de comunicação, isso não significa que ele tenha, naturalmente, os filtros necessários a uma apropriação autônoma dos produtos midiáticos. Frente a essa problemática, é proposto um enfoque reflexivo sobre a atuação da mídia na abordagem de temas como política, cultura e comportamento.
Pensando a partir dessa ótica, o Lacrima atua no sentido de compartilhar com a população os fundamentos que permitem enxergar os meios de comunicação de uma forma mais ativa, proporcionando uma leitura negociada e crítica da mídia. O exercício da crítica será realizado pelos jornalistas que integram o grupo e avaliam a atuação da mídia utilizando como parâmetros o conteúdo apreendido em suas formações.
Além disso, consideramos que os próprios leitores são potenciais críticos, visto que se relacionam cotidianamente com o jornalismo produzido. O público-alvo dos textos disponibilizados online são os consumidores da mídia em geral, no qual pretendemos fomentar as ferramentas necessárias para haver a possibilidade de um diálogo constante entre o público e o grupo, a fim de trocar experiências quanto a ter uma visão crítica acerca da mídia.

 Com esses objetivos iniciais, retornamos as atividades do Laboratório de Crítica de Mídia do Amazonas (Lacrima) e desejamos aos nossos leitores e colaboradores uma boa leitura e boas críticas!
Hanne Assimen - Jornalista

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Retrato da manifestação popular

Um dia após a manifestação popular conhecida como “Vem pra rua Parintins”, o impresso Plantão Popular, na edição n°231, estampou como matéria principal de capa: “Protesto contra gastos do Festival e desvios do município” (chamada). A notícia do dia 27 de junho refere-se justamente a manifestação que levou mais de 1000 pessoas às ruas da ilha.
Na página 3, a notícia intitulada “Povo nas ruas contra corrupção e gastos em obras faraônicas” descreve  como aconteceu o protesto daquele dia. Aparentemente o texto mostra vários detalhes do acontecido de uma forma interessante, porém o autor se torna fonte quando escreve que há um “caos instalado no munícipio”. Fica duvidoso quem está afirmando o caos na cidade, o jornalista ou famílias e comerciantes. Outra característica a ser destacada é a ausência de um verbo no título e a adjetivação posta no termo “obras faraônicas”. Este parece ser o ponto de vista de um manifestante a respeito do bumbódromo.
O texto também cita o forte esquema policial que esteve a serviço no momento da manifestação assim como os “gritos” que ecoavam pedindo dinheiro para saúde e educação.
A notícia do plantão mostrou vários detalhes da manifestação o que tornou interessante a leitura. Além da notícia sobre o “Vem pra rua Parintins”, a página de opinião do jornal também retratou temáticas provenientes da manifestação. O editorial faz uma crítica a servidores  de órgãos públicos que chegam a ilha a princípio a trabalho e se encontram na maioria das vezes sem praticar suas atividades (segundo o jornalista) e enfatizou o ato militante como um sinal de que o povo parintinense  “abriu os olhos” em relação a administração pública.
Esta edição do Jornal foi bastante crítica, e retratou os assuntos de forma verídica e contundente em relação à manifestação e seus motivos.

Gustavo Saunier

sábado, 6 de julho de 2013

O trânsito em foco!




Confira aqui matéria que explora as dimensões do problema do trânsito em Parintins. 

"A falta de seriedade na legislação de trânsito, ausência de planejamento urbano e a falta de respeito com a vida humana podem ser apontadas como as principais causas do aumento no índice de acidentes de trânsito na cidade de Parintins. Com isso, ficam as interrogações da sociedade sobre as punições". 

Por Kethleen Rebêlo.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Lacrima nas ruas. Venha conosco!



O LACRIMA convida seus leitores e apoiadores a participar conosco do protesto do dia 26 de junho, quarta-feira, com saída da Francesa às 18h. Nosso intuito neste ato é demonstrar a importância das lutas coletivas para a contrução de uma sociedade emancipada e, ao mesmo tempo, acompanhar, in loco, a cobertura midiática a respeito da ação. Nosso grupo estará atuando/observando os acontecimentos e analisando os fatores que direcionam os enfoques dos jornais de Parintins. Os leitores terão a oportunidade de conferir os ensaios produzidos sobre a cobertura do protesto na próxima semana.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Faltam lixeiras na Ilha...

 


"A Praça dos Bois é a maior área de lazer da cidade de Parintins, com quadras poliesportivas, bares e lanchonetes. Apesar de ser um lugar bastante frequentado, principalmente nos finais de semana, não há lixeiras, ou pontos em que as pessoas possam jogar o lixo produzido."

Leia aqui artigo de Gustavo Saunier sobre a ausência de lixeiras nas ruas de Parintins, em especial a Praça dos Bois.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Fontes... Fontes e só!




Na edição do dia 07 de abril o Jornal Repórter Parintins trouxe uma matéria intitulada: “Articulação política mantêm delegados na cidade”. A notícia trata especificamente sobre a decisão do governador do estado, Omar Aziz pela permanência dos delegados Ivo Cunha e Ana Denise na cidade de Parintins, isso devido ao fato de vereadores da cidade terem se articulado para que os dois pudessem continuar desenvolvendo seus trabalhos no município. 
A notícia está informativa e situa o leitor sobre o acontecimento, mas de forma parcial. O jornalista usou duas fontes para documentar o texto, essas duas fontes não contribuem de maneira positiva paraa matéria, pois não oferecem ao leitor certeza de que dominam o assunto. 
Uma das fontes fala que é contra a permanência do delegado, pois o culpa de ser responsável pela morte de um rapaz e a outra fonte é a favor da permanência dos dois, pois acredita que a cidade teve uma melhora com o trabalho desenvolvido por eles, mas com base em que evidências essas pessoas falam isso? Não há dados específicos na matéria sobre a melhora dos casos em Parintins. Tudo o que se sabe é o que se ouve falar, mas um jornal não sobrevive sem documentar o que “se ouve falar”.
E a segunda fonte é usada de maneira mais grave, ela diz que um dos delegados está envolvido com um crime! Cadê a prova disso? Essa fonte ouviu falar? E, na pior das hipóteses, a fonte ouviu falar e o jornalista publicou sem ir a fundo na investigação da informação dada por ela? 
É grave o uso de informações sem serem comprovadas. O jornalista tem um papel de mostrar a população os fatos de forma esclarecedora, não poderia ter colocado essa fala sem ter certeza do caso. É uma espécie de acusação que merece investigação para que ninguém seja culpado por algo que não cometeu. Segundo Jorge Pedro Sousa, “as informações que uma fonte disponibiliza ao jornalista devem ser enquadradas e tratadas sem adulteração, mas também devem ser por princípio, verificadas” (2001, p.64).
Referência:
SOUSA, Jorge Pedro. Elementos do jornalismo impresso. Porto, 2001.

Yasmin Gatto Cardoso